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FRIO NA SOLIDÃO.

05-12-2012 04:12

FRIO NA ESCURIDÃO. 

 


Intensa, fatal, imensa...
Cruel solidão condensa,
Sensações - quase congela.


Fecha portais do prazer,
Mas não me faz esquecer,
Uma paixão como aquela...

Paixão banhada em luar,
Quando, sós, à beira-mar,
Fazíamos amor intenso...


Um festival de carícias,
Com direito a tais delícias,
Que arrepiam, quando penso...

Rolávamos nus sobre a areia,
E no céu a lua cheia,
O nosso amor aplaudia...


Porém tal cumplicidade,
P’ra minha infelicidade,

Pouco a pouco se esvaía...


Hoje, imergindo em saudade,
Vou curtindo esta vontade,
De novamente encontrar-te.


Pois o frio da solidão,
Não congela esta emoção:
Jamais deixei de amar-te...

 

Adelino Guimarães.

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